A Sociedade vive um período de plena transformação. Isto é
fato e não é nenhuma novidade. Porém, este processo de mudanças atinge a todos
e em todos os lugares, alterando hábitos e costumes como nunca se viu. Como
exemplo, hoje o indivíduo pode se comunicar com qualquer parte do planeta. Com
a Internet pode-se acessar informações instantaneamente sobre os mais variados
temas: futebol, carnaval, política, culinária ou até como fazer uma bomba
caseira. Diversos produtos, serviços e comodidades invadem as casas diariamente
através dos meios de comunicação e sem pedir licença. Enfim, a sociedade foi
atingida por essa onda de transformação conhecida como GLOBALIZAÇÃO.
Diante dessas mudanças encontra-se o homem, responsável
direto por elas, mas ao mesmo tempo atônito a tudo que se passa, tentando
entender e adaptar-se ao que está ao seu redor: produtividade, melhoria
contínua, qualidade de produtos e serviços, “housekeeping”, assertividade,
desemprego e empregabilidade, inter-conectividade, entre outros.
O paradoxo do mundo atual é que, apesar do indivíduo manter
enormes diferenças em relação aos seus semelhantes, cada vez mais ele recebe
informações vindas de todos os lugares, e a cada momento se torna mais parecido
com os outros, no tocante a padrões normas, uso de tecnologia, etc.
Pode-se
afirmar que o espírito de competição e a busca de desafios são inerentes à
natureza humana. Estes são alguns dos fatores que fazem com que se sobreponha a
todas as demais formas de vida. Enquanto estas formas de vida que trazem a sua capacidade mínima e máxima preestabelecida, e repetem
indefinidamente o mesmo "modus-vivendi".
O homem não se compraz se não vivencia novas experiências e
enquanto não consegue visualizar horizontes maiores do que aqueles que já
domina. A necessidade de avançar, de ir além, de superar os próprios limites,
lhe é tão vital que, não o conseguindo, o Ser Humano definha e perde a sua
razão de ser. Para ele não existem marcas definitivas, não existem ações
últimas, não existem ideias insuperáveis, nem fronteiras para os seus anseios.
Ele os leva até o infinito.
A competição ao ser transferida para o interior do próprio
indivíduo faz com que ele viva ansioso, cercado de perigos reais e imaginários
por todos os lados. A cultura atual é produtora de ansiedade, pois quando se
afirma através do ditado popular que “quem não tem competência não se
estabelece”, se está na realidade, forçando a existência de um padrão comum de
sucesso, e que se aquele indivíduo que não conseguir alcançá-lo será
considerado um fracasso. A imposição de modelos de homens e mulheres tidos como
ideias, levam o ser humano a negar-se constantemente para si mesmo, a sua
verdadeira realidade.