segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A "CURA GAY"



      Este texto estava em sua fase de rascunho desde setembro de 2017 quando de um entrevista ao programa "BOM DIA MARANHÃO" da TV Difusora. Assistir o filme "Bohemian Rhapsody" no final do mês de novembro de 2018 colocou em movimento o desejo de escrever algo sobre o assunto. 

      A música, que dá título ao filme, foi composta em 1975 por Freddy Mercury integrante de banda "Queen". Outras bandas e cantores estavam no apogeu de suas carreiras na década de setenta: Beatles, Bee Gees, Rolling Stones, Pink Floyd, Led Zeppelin, Gun N Roses, The Mamas and The Papas, Barão Vermelho, e outras; cantores como: Cazuza, Renato Russo, Rod Stewart,Sting, Michael Jackson, Jon Bon Jovi, John Lennon, Bob Dylan, Alice Cooper, Elton John e tantos outro.Grandes talentos musicais surgiram.

     As décadas de 60 e 70 também foram marcadas por mudanças socias e culturais profundas, desde o movimento Hippie, a participação dos jovens (Paris, maio de 1968) nos destinos políticos, os movimentos de contra-cultura até a liberação sexual feminina com a advento da pilula anticoncepcional, passando pela identificação de uma doença que recebeu o nome de AIDS (sigla em inglês de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - SIDA).   

   Estes dois aspectos estimulavam muito a curiosidade geral sobre a sexualidade das principais figuras artísticas, ainda mais daqueles que não seguiam os "padrões" definidos da época para isto. Lembro que Freddy Mercury foi uma destas figuras que por quebrar paradigmas da época foi alvo de curiosidades e fofocas.

       Até 1990 o homossexualismo constava da lista internacional de doenças da Organização Mundial da Saúde. No exato dia 17 de maio daquele ano, a homossexualidade deixou de ser uma "doença mental", e por isto a data é considerada o "DIA INTERNACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA". Nos Estados Unidos da América esta estigmatização caiu antes, em 1973 a Associação Americana de Psiquiatria excluiu do seu famoso DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

         O ponto de partida para qualquer abordagem sobre a sexualidade humana feita de forma psicanalítica é o texto de Freud "Três Ensaios sobre a Teorias da Sexualidade" escrito em 1905. Recorrendo a Lacan, sabemos que somos seres falta-ser, isto é, que precisamos recorrer aos outros para adquirirmos nossas identificações. Em vários momentos do desenvolvimento emocional vamos construindo identificações, nos identificamos ao pai ou a mãe (na maioria das vezes) quanto à escolha de objeto de amor. Se somos meninos e nos identificamos ao nosso pai(ou seu representante) na escolha de objeto de amor, este objeto será uma mulher, se nos identificarmos com a nossa mãe (ou sua representante), nossa escolha será por um homem. Ocorre fato semelhante do lado feminino.

      Sob o ponto de vista psicanalítico, temos uma orientação sexual (não passível de mudança) e não uma opção sexual.




quinta-feira, 15 de março de 2018

COMPULSÕES MODERNAS - USO DAS REDES SOCIAIS

Segundo o dicionário a compulsão é uma imposição interna à qual é difícil e até impossível resistir de realizar determinado ato. Do ponto de vista da psicanálise, a compulsão está ligada a meta da pulsão de busca uma satisfação, por isto uma notação usada é com+pulsão. No caso da compulsão pelo uso de internet, a satisfação buscada é da pulsão escópica, isto é, do olhar.