Colaboração com o caderno Na Mira, coluna "Quebrando Tabu" do jornal O Estado do Maranhão na edição de 13.09.2013
Tenho
recebido e-mails perguntando sobre o assunto Compulsão Sexual. Muitas são as
perguntas e as colocações: “exagero no sexo”, “querer muito fazer sexo”, “meu
parceiro quer sexo várias vezes ao dia”, etc.
Já abordamos
o assunto da frequência sexual neste espaço, e vimos que não existem regras
quanto ao número de vezes. Mas a pergunta ainda permanece: quando esta
frequência se torna patológica?
Toda compulsão pode ser
classificada como uma adicção, isto é, uma necessidade incontrolável por algo
ou alguma coisa. O termo adicção vem do latim e significa escravo. Quando a
necessidade por sexo se caracteriza por uma busca incansável e frequente por
sexo, causando sofrimento e comprometimento das atividades diárias comuns.
A compulsão sexual é uma
disfunção sexual na fase do desejo, e em muitos tratados é denominada de
satiríase quando ocorre em homens e ninfomania quando ocorre em mulheres. Ela é
tratada de forma similar ao de outros tipos de adicção. O tratamento passa pelo
uso de medicamentos e também pelo processo psicoterapêutico.
Hoje em dia, muitos casos
de compulsão sexual chegam à mídia, pois ocorrem com pessoas públicas e, na
maioria das vezes, é o principal motivo para o término de relacionamentos como
foi o caso recente do jogador de golfe Tiger Woods.
Comportamentos como passar
muito tempo na internet em sites pornográficos, gastar dinheiro em sites de
sexo, masturbar-se frequentemente, são alguns dos sintomas que podem indicar a
necessidade de ajuda especializada.
Ernesto Friederichs Mandelli, Psicanalista com especializações em
Sexualidade e Educação Sexual. E-mail: mandelli@elo.com.br - twitter: http://twitter.com/efmandelli