Terceiro artigo científico escrito e publicado na Revista Imperium da Emil Brunner World University - Flórida USA
Como a Psicanálise, o Gerenciamento Estratégico e a Filosofia da Qualidade Total podem
auxiliar na da Qualidade de Vida do Indivíduo e na Elaboração de um Projeto de Vida
Ernesto Friederichs
Mandelli
Resumo
Voar cada vez mais alto, atingir pontos cada vez mais distantes. Até onde
pode chegar esse anseio do homem. Até que ponto sua capacidade física,
intelectual ou até - se formos além - espiritual, lhe permite chegar. Ainda que
jamais consiga divisar a sua meta final, o homem sente necessidade de dar mais
um passo. No seu íntimo sabe que é imprescindível continuar expandindo seus
limites. A competição ao ser transferida para o interior do próprio indivíduo
faz com que ele viva ansioso, cercado de perigos reais e imaginários por todos
os lados. A cultura atual é produtora de ansiedade, pois quando se afirma
através do ditado popular que “quem não tem competência não se estabelece”, se
está na realidade, forçando a existência de um padrão comum de sucesso, e que se
aquele indivíduo que não conseguir alcançá-lo, será considerado um fracasso. A
imposição de modelos de homens e mulheres tidos como idéias, levam o ser humano
a negar-se constantemente para si mesmo, a sua verdadeira realidade. O objetivo
foi mostrar como o gerenciamento
estratégico e a filosofia da qualidade total como constituintes da qualidade de
vida do indivíduo e na elaboração de um projeto de vida. A metodologia
utilizada foi a bibliografica. Pode-se
concluir que a Qualidade Total vem justamente permitir que se tenha visão
sistêmica da organização e de todos os seus processos, fazendo, com isto, que
se direcione os esforços para obter-se a satisfação dos clientes. Já o processo
de elaboração de um planejamento estratégico com todos os seus elementos, visa
minimizar as ameaças que as mudanças rápidas e a cultura pós-moderna
representam na vida física-emocional-espiritual do indivíduo e ao mesmo tempo,
maximizar as oportunidades que estas mesmas mudanças venham representar.
Palavras-chave: Gerenciamento estratégico;
Qualidade de Vida; Organizações.
1 Introdução
Hoje a
maioria dos indivíduos vive da venda de sua força de trabalho, portanto quem
não é competente é um fracasso perante os olhos alheios e os próprios. Este
fato, segundo Freitas (1985), associado com a necessidade cada vez maior da
afirmação da própria identidade e capacidade joga o homem atual num círculo
vicioso da busca de auto superação individual e tornando cada um sequioso dele
mesmo.
Então,
como sobreviver nesta era, neste mundo? Será preciso que todos tenham
comportamentos de super-homens, super-heróis? Ou será que todos têm a força
necessária para atingir o sucesso?
O resultado
desta combinação é a existência de seres humanos cada vez mais angustiados e
sobrecarregados de dúvidas e tensões. Homens e mulheres comuns, pais e mães,
profissionais de todos os tipos, jovens e velhos, enfim todos com os mesmos
dilemas - sendo o principal - como serem felizes. Porém em virtude das pressões
para serem cada vez melhores e fazerem mais coisas, se tornam infelizes.
“Infelicidade
percebida claramente ou sentida de forma difusa. Infelicidade constante e
intensa ou acentuada apenas em determinadas épocas e datas ou frente a
determinados acontecimentos. Infelicidade manifestada somaticamente ou sentida
como tristeza ou angústia” (Freitas, 1985, p. 42).
É possível
afirmar que de alguma forma todos procuram a felicidade, ou o que os budistas e
até Sigmund Freud chamam de nirvana, ou que ainda Bion chama de recuperar o
continente perdido. Uma das dificuldades de encontrar esta sensação é sem dúvida
alguma a perda de sentindo para a vida.
As
sensações de incomodo provocado por estado prolongados de tensão na busca da
afirmação pessoal, acaba gerando distúrbios nas quatro áreas básicas da
atividade humana. A primeira é a orgânica através das doenças conhecidas como
psicossomáticas; a segunda é a área da afetividade, onde de alguma forma a qualidade
ou a quantidade dos afetos são alteradas; a terceira é a intelectual, através
de alterações das funções racionais conscientes básicas de adaptação do
indivíduo à vida; e finalmente a quarta que é a área dos relacionamentos
interpessoais, através de crescentes dificuldades de relacionamento com outras
pessoas.
Mas o que
é felicidade? É ter dinheiro em abundância? É ter poder? É comandar uma grande
organização? É ter uma família? É ter uma posição social de destaque? É ter uma
saúde perfeita? É estar sempre alegre e sorrindo? É estar comemorando vitórias
constantemente? A definição mais adequada para Felicidade, encontrada pelo
autor deste trabalho está inserida na obra do psicólogo Freitas (1985):
Nós,
os psicólogos, ao contrário, acreditamos que a felicidade é um estado ótimo de
equilíbrio entre as necessidades psicoemocionais e orgânicas do indivíduo e as
possibilidades que o meio ambiente oferece. E a prática clínica indica que
estamos certos. Assim, felicidade nunca é um “presente dos deuses”, oferecido
em certas circunstâncias especiais, mas sempre um estado de equilíbrio dinâmico
entre o organismo e o meio ambiente que o circunda e abriga. Um estado,
portanto, possível a todo o momento (Freitas, 1985, p. 43).
O objetivo
deste trabalho foi mostrar como o gerenciamento estratégico e a filosofia da
qualidade total como constituintes da qualidade de vida do indivíduo e na
elaboração de um projeto de vida.
A pesquisa realizada neste trabalho foi uma Revisão de
Literatura, no qual foi realizada uma consulta a livros, dissertações e por
artigos científicos selecionados através de busca nos seguintes base de dados
“EESC Usp”, “Capes” e “Google Acadêmico”. As palavras-chave utilizadas na busca
foram: gerênciamento estratégico, qualidade de vida, organizações.
2 Gerenciamento estratégico
Outro
componente vital para a Qualidade usado pelas organizações para sua
sobrevivência e crescimento é o planejamento estratégico, para ser mais exato o
gerenciamento estratégico de todas as atividades organizacionais. A Gestão da
Qualidade possui um método básico: o PDCA, onde P ("Plan") significa planejamento; D ("Do") corresponde ao fazer, à execução das tarefas; C ("Check") envolve checagem entre a
meta escolhida e o resultado obtido, e A ("Action") implica em ação corretiva.
Através
desta ferramenta pode-se na vida pessoal, criar um sistema de gerenciamento
mais eficaz e eficiente para o indivíduo atingir a Qualidade de Vida. O
processo de melhoria da Qualidade de Vida passa pelo gerenciamento das
potencialidades, experiências, capacidade de pensar e de criar alvos a serem
atingidos a longo, curto e médio prazo.
O
vencedor, entretanto, é capaz de manter autonomia por períodos cada vez
maiores. Poderá perder o pé ocasionalmente. Poderá até fracassar. Mas apesar
dos reveses o vencedor mantém a confiança básica em si mesmo. Um vencedor não
faz o papel de desamparado, nem fica apontando os culpados. Ao contrário,
assume a responsabilidade da própria vida. Não confere aos outros uma falsa
autoridade sobre ele. Ele é seu próprio patrão e sabe disso (James &
Jongerward, 1986, p. 18).
A exemplo
do que deve ser realizado nas organizações para início das atividades de
planejamento estratégico, ou do ciclo PDCA, as definições da Visão, Missão e
Valores são estabelecidas naquilo que é chamado de etapa filosófica do processo
de planejamento estratégico da Qualidade e definirão o caminho a ser seguido
pela organização no futuro imediato, assim também na vida pessoal, mister se
faz que sejam definidos estes elementos para começar- se o processo de
planejamento pessoal.
Para poder
desenvolver um projeto de vida, o indivíduo tem que necessariamente começar
primeiro pela construção de uma visão de longo prazo. Lynch e Kordis (1988)
afirmam:
“Mais do que qualquer outro
pesquisador vivo ou morto, esse professor de sociologia (Elliott Jaques)
forçou-nos a reconhecer que uma das janelas mais importantes do cérebro é a
janela do tempo” (Lynch & Kordis, 1988, p. 145).
A visão
representa o estado futuro da organização em um prazo de cinco a dez anos,
segundo a percepção que tem a alta direção. No indivíduo, a visão representa a
capacidade de lidar com as complexidades do mundo. Hoje em dia os
neuropsicofisiologistas e outros pesquisadores do cérebro e da mente têm
procurado cada vez mais diminuir a ignorância a respeito da influência que a
construção de uma visão de futuro tem sobre a qualidade de vida.
É cada vez maior o número
de evidências de que, quanto mais longe no futuro o cérebro consegue se ver
funcionando, maior a complexidade desse cérebro para lidar com a complexidade,
para conciliar múltiplas responsabilidades e para coordenar tarefas. O “horizonte
de tempo” de uma pessoa – o máximo período de tempo em que uma pessoa pode
planejar e executar tarefas específicas e voltadas para uma meta. (Lynch &
Kordis, 1988, p. 145).
A
importância da construção de visões a longo prazo fica expresso pelos autores
acima mencionados que transcrevem o que o sociólogo Jaques afirmou de que o
intervalo máximo com o qual uma pessoa consegue lidar – o intervalo de tempo
máximo que essa pessoa consegue alcançar – mede e define o nível do poder
cognitivo dessa pessoa (horizonte de tempo).
O
perigo de não se ter uma visão é que a maioria de nós vai continuar a operar
num determinado nível, aquele que sentimos inconscientemente ser o correto para
nós. Se ultrapassarmos esse nível de desempenho, em geral sabotaremos a nós
mesmos posteriormente para mantermos a ”média”. A importância de se ter um
sonho bem definido é: se nos visualizarmos operando num nível muito mais
elevado, a nossa mente inconsciente vai interpretar isso como um novo nível de
desempenho esperado e nos fará corrigir positivamente nosso curso rumo à visão,
sem repercussões maléficas (Lynch & Kordis, 1988, p. 165).
Outro
componente da filosofia empresarial da Qualidade Total, e que está dentro das
definições que antecedem a elaboração do planejamento propriamente dito, é a
definição da Missão.
Missão
organizacional é a razão de ser da entidade, ou seja, o papel que ela
desempenha na sociedade e que justifica a sua existência. Ela permitirá o
alcance de Visão do Futuro, caracterizando o compromisso do nível estratégico
da organização com a qualidade almejada.
A missão
pode ser compreendida como um propósito, e quando as organizações e, os
próprios indivíduos, não definiram um propósito, estão à mercê da sorte, ou do
caso. Isto é, perdem a oportunidade de serem agentes ativos das mudanças para
ser tornarem agentes passivos delas. A falta de propósito faz com que a
caminhada pela vida seja cheia de tropeços e quedas, dirigindo as organizações
e os indivíduos por uma sucessão de escolhas erradas, os tornando indivíduos
infelizes e organizações ineficazes.
Quando
não temos um propósito, tropeçamos cegamente de uma escolha errada para outra,
e aguentamos as consequências de “destino que nos faz sofrer”. Podemos, por
exemplo, aceitar empregos – muitas e muitas vezes – por causa de razoes que, no
íntimo, são inadequadas e insatisfatórias: porque o salário é melhor, oferece
chances de ascensão profissional, proporciona prestígio, ou porque é isto que
se tem que fazer. No entanto, uma vez lá, como estamos sem propósito, descobrimos
que estamos novamente nos sentindo infelizes, que somos vítimas do “destino que
faz sofrer” e que, uma vez mais, saímos em busca de um fracasso (Lynch & Kordis,
1988, p. 115).
O elemento
que irá complementar a fase filosófica do planejamento é a determinação dos
valores da organização. Os valores são as convicções profundas que manifestam a
identidade de uma organização. Eles devem representar os aspectos positivos que
servirão de base para sustentação e direcionamento da Empresa e das pessoas que
dela fazem parte. São o marco de referência do código ético de conduta e que
por si só dão significado às verdades e crenças da Organização.
Por
analogia pode-se afirmar que a conduta ética do indivíduo reside sobre a base
dos seus valores. Muitas vezes valores são confundidos com emoções e para
distingui-los, recorre-se ao dicionário Aurélio da língua portuguesa: Valores -
normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo,
classe, sociedade, etc. Exemplos: perfeição, amor, fidelidade, caridade,
honestidade, integridade.
Emoções -
ato de mover (moralmente). Perturbação ou variação do espírito advindo de
situações diversas, e que se manifesta como alegria, tristeza, raiva, etc.;
abalo moral; comoção. Psicologicamente é uma reação intensa e breve do
organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha dum estado afetivo de
conotação penosa ou agradável. Estado de ânimo despertado por sentimento
estético, religioso, etc.
A etapa
seguinte do planejamento estratégico é definir os objetivos gerais. Mas para
poder defini-los é necessário o questionamento sobre o que vem a se constituir
e quais as suas principais características que transformam desejo em objetivo.
Primeiramente, tem-se a definição. Objetivo é o alvo ou ponto qualificado, com
prazo de realização, que se pretende atingir através de esforço extra.
2.1 Qualidade Total
A evolução
do conceito de Qualidade Total criou em diversos setores organizacionais, um
sistema de pontuação - o International
for Standardization Organization (ISO)
que é usado na avaliação da qualidade de produtos, serviços, de meio
ambiente e assim por diante. Desse modo, pode ser estabelecido parâmetros a
serem alcançados para obter o certificado ISO, que torna produtos mais
competitivos e serviços mais produtivos. Na realidade, essas normas indicam o
"caminho das pedras" que deve ser seguido para se alcançar a
Qualidade Total.
O sistema
vem sendo constantemente aprimorado e analisado, quantificando os mais diversos
componentes envolvidos no processo de busca do certificado ISO. Em praticamente
todos os setores encontra-se o ser humano como elo dessa cadeia. E então por
que não criar um sistema de avaliação e pontuação para os parâmetros da qualidade
de vida do ser humano? Por que não buscar a Qualidade Total de Vida?
O motivo
pelo qual o século 20 foi apelidado "O Século da Mudança" é que
apenas na sua primeira metade inventaram-se mais coisas do que ao longo dos
anos anteriores da história da humanidade.
A
Sociedade vive um período de plena transformação. Isto é fato e não é nenhuma
novidade. Porém, este processo de mudanças atinge a todos e em todos os
lugares, alterando hábitos e costumes como nunca se viu. Como exemplo, hoje o
indivíduo pode se comunicar com qualquer parte do planeta. Com a Internet
pode-se acessar informações instantaneamente sobre os mais variados temas:
futebol, carnaval, política, culinária ou até como fazer uma bomba caseira.
Diversos produtos, serviços e comodidades invadem as casas diariamente através
dos meios de comunicação e sem pedir licença. Enfim, a sociedade foi atingida
por essa onda de transformação conhecida como globalização.
Diante
dessas mudanças encontra-se o homem, responsável direto por elas, mas ao mesmo
tempo atônito a tudo que se passa, tentando entender e adaptar-se ao que está
ao seu redor: produtividade, melhoria contínua, qualidade de produtos e
serviços, “housekeeping”,
assertividade, desemprego e empregabilidade, interconectividade, entre outros.
Pode-se
afirmar que o espírito de competição e a busca de desafios são inerentes à
natureza humana. Estes são alguns dos fatores que fazem com que se sobreponha a
todas as demais formas de vida. Enquanto estas formas de vida que trazem a sua
capacidade mínima e máxima pré-estabelecida, e repetem indefinidamente o mesmo
"modus-vivendi".
Outro
conceito muito importante no processo de Qualidade Total nas organizações é o
do Kaizen. Este conceito pode ser
entendido como um melhoramento contínuo na vida pessoal, na vida domiciliar, na
vida social e na vida do trabalho. Melhoramento aqui vai muito além do
significado do dicionário, ele expressa um conjunto de ideias, ligadas para
manter e melhorar os padrões existentes.
O kaizen começa com um pequeno problema
ou, mais precisamente, com a identificação de que existe um problema. Sem
problemas não existe potencial de melhoramento. Na vida pessoal pode-se
incorporar a ideia do Kaizen como uma
procura intrínseca do indivíduo na busca das melhorais das suas condições de
vida, seja através da resolução dos problemas do dia a dia, ou então da
elaboração de um projeto de vida.
Ao
traçar-se um paralelo da gestão da vida com a Gestão da Qualidade, é necessário
que seja considerada a Qualidade dentro do contexto do Gerenciamento da Qualidade
Total bem como observar os seus principais princípios filosóficos e
operacionais.
A partir
dos novos conceitos de organizações competitivas percebe- se que o
gerenciamento do crescimento do ser humano possui um caráter simbiótico entre a
empresa e seus funcionários, porque na verdade o que este sistema proporciona é
uma relação de troca entre as partes envolvidas. Pois se de um lado é verdade
que o crescimento da empresa depende do trabalho e do empenho dos seus
funcionários, por outro lado, o crescimento da empresa é que garante o
desenvolvimento das pessoas que nela trabalham. Portanto, o progresso da
empresa alimenta o crescimento pessoal e vice-versa.
A solução
para todos estes problemas pode ser obtida no processo de Gestão da Qualidade
Total. Para basear esta afirmação pode-se recorrer à definição da Qualidade
Total: é um sistema administrativo e gerencial permanente e de longo prazo,
orientado para pessoas cujo objetivo é o incremento contínuo para alcançar a
satisfação do cliente a custos reais decrescentes por meio da melhoria contínua
da qualidade dos serviços e produtos da empresa.
A
aplicação dos princípios e ferramentas da Qualidade Total na vida do indivíduo
resultará em uma maximização dos ganhos pessoais, melhorando a Qualidade dos
seus relacionamentos, a Qualidade da saúde física, emocional e espiritual e
ajudando na adaptação aos tempos de mudança em que ele se encontra. A Gestão da
Qualidade oferece grande oportunidade de aplicação na gestão da vida e carreira
do indivíduo.
A motivação
constitui o fator principal e decisivo no êxito da ação de todo e qualquer
indivíduo ou empreendimento coletivo. Não se compreende um administrador
insensível ao problema da motivação. A abordagem que se segue buscará propiciar
uma visão geral e abrangente dos aspectos básicos destas teorias e abordagens,
e a importância da motivação para o trabalho, principalmente e antes de tudo,
para a vida.
Para
promover um ambiente organizacional adequado à filosofia do Gerenciamento da
Qualidade Total, as empresas vêm seguindo uma abordagem humanística, através de
políticas de recursos humanos, buscando satisfazer as necessidades do ser
humano. Esta abordagem recebe influências importantes dos trabalhos de diversos
especialistas como Maslow, Herzberg e McGregor.
O enfoque
adotado pela maioria das organizações tem sido a satisfação das necessidades
prioritárias de cada ser humano, de forma a motivá-lo a um comportamento
positivo. O modelo mais comum para este trabalho tem sido o de Maslow que
classificou as necessidades que impulsionam o comportamento dos seres humanos
em uma escala e pode ser visualizada em forma de uma pirâmide. Na base estão as
necessidades mais básicas (fisiológicas) e no topo, as necessidades mais
elevadas (auto- realização).
“As pesquisas não confirmaram
cientificamente a teoria de Maslow e algumas delas até mesmo a invalidaram.
Contudo, sua teoria é bem estruturada e oferece um esquema orientador e útil
para a atuação do administrador” (Chiavenato, 2000 p. 396).
As
necessidades humanas assumem formas e expressões variadas de acordo com o
indivíduo. A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow se baseia nos
seguintes aspectos:
Fisiológicas:
constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital
importância. Sono e repouso, alimentação (fome e sede), roupa, teto, o desejo
sexual, etc. são necessidades que já nascem com o indivíduo. Quando todas as
necessidades humanas estiverem insatisfeitas, o comportamento humano terá a
finalidade de satisfazer a estas necessidades fisiológicas.
Segurança:
é o segundo nível das necessidades humanas. São sensações de segurança ou de
estabilidade. Sensação de sentir-se protegido, sensação de proteção à família,
estabilidade no lar, no emprego, a fuga ao perigo, etc. Surgem no comportamento
humano quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas.
Estas necessidades têm grande importância no comportamento humano, uma vez que
todo empregado está sempre em relação de dependência à organização a qual está
trabalhando.
Sociais:
sensações como as de aceitação, amizade, associação, de pertencer ao grupo,
etc. quando estas necessidades não estão mais satisfeitas de forma suficiente,
o indivíduo se torna resistente, antagônico e hostil com relação às pessoas que
o cercam. A necessidade de dar e receber afeto são importantes forças
motivadoras do comportamento humano;
Ego ou
estima: estão relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e avalia.
Envolvem auto apreciação, autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de
respeito, de status, prestígio e consideração, independência e autonomia,
reputação, etc. A satisfação destas necessidades conduz a sentimentos de valor,
força, poder e utilidade. A sua frustração pode produzir sensação de
inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo, por sua vez, podem levar ao
desânimo ou a atividades compensatórias;
Auto
Realização: são consideradas as necessidades mais elevadas e que estão no ápice
da hierarquia. Estão relacionadas com a realização do próprio potencial,
autodesenvolvimento, criatividade, auto expressão, etc. essa tendência se
expressa através do impulso que o indivíduo tem para tornar-se sempre mais do
que é e de vir a ser tudo o que pode ser.
Um
trabalho posterior, de Frederick Herzberg, veio contribuir com o trabalho de
Maslow. Ele classificou as necessidades em dois tipos, os quais denominou de
fatores. Segundo este estudo, nem todas as necessidades são motivadoras, ou
seja, algumas das necessidades, chamadas de fatores higiênicos, quando
satisfeitas não causam motivação, no entanto, se não forem satisfeitas causam
descontentamento e um sentimento de frustração. Mas há um outro grupo de
necessidades que, por causarem motivação, são chamadas de fatores motivadores.
De acordo
com o trabalho de Herzberg, as necessidades fisiológicas, segurança e social do
modelo de Maslow causam pouca ou nenhuma motivação. Isto ainda hoje é bastante
discutido no meio empresarial onde ainda se acredita que os funcionários
trabalham somente pelos salários.
Os
fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre
si. Os fatores responsáveis pela satisfação profissional das pessoas são
totalmente desligados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação
profissional. O oposto da satisfação profissional não é a insatisfação, mas a
ausência de satisfação profissional (Chiavenato, 2000, p. 398).
A teoria
de Herzberg não quer dizer que os fatores higiênicos não são importantes, pelo
contrário significa que os fatores higiênicos são necessários, mas não suficientes
para manter a equipe motivada.
3 Resultados e Discussão
A
psicanálise enfatiza que o Eu (Ego) se expandirá à medida que tomar ciência do
real, como os eventos ocorrem (ou que dele mais se aproxime), que pode ser
diferente da realidade interna de cada um. Ou seja, negar e fugir não
soluciona, pode, tão somente, adiar o sofrimento.
A Psicanálise
focaliza seus estudos e sua atenção nos aspectos familiares da formação do
psiquismo humano a partir das chamadas experiências primitivas. Todo vínculo significativo
do sujeito, sem exceção, têm um ponto de partida. Tal ponto pode constituir
para ele um primeiro momento uma vez que, no plano de sua subjetividade,
sobrevém algo de novo, ou seja, algo que não tinha sido inicialmente
considerado.
A psicanálise
apresenta uma visão topográfica e outra funcional. Pela primeira existem três
zonas de funcionamento mental, o consciente, o pré-consciente e o inconsciente.
Existe também um processo de controle de intercâmbio entre elas chamado de
censura.
Mesmo aquilo
que é guardado no inconsciente obtém alguma exteriorização mascarada, seja
através de sonhos, seja por atos ditos falhos ou por chistes e pilherias, seja
mesmo por comportamentos que não se pode racionalmente explicar.
Funcionalmente
apresentam-se três mecanismos. Denominados Isso, Eu e Supereu.
O Isso é a
sede das pulsões. Pulsões é uma disposição para fazer uma determinada coisa ou
agir de dada maneira, sem que para isto tenha havido aprendizado prévio.
A
conceitualização das forças originárias do Isso (instintos e pulsões) se faz
necessária. Assim:
Instinto
é o esquema de comportamento herdado, próprio de uma espécie animal, que pouco
varia de um indivíduo para outro, que se desenrola segundo sequência temporal
pouco suscetível de alterações e que parece corresponder a uma finalidade. É
também um termo usado por certos autores psicanalíticos (franceses) como
tradução ou equivalente do termo freudiano TRIEB, para o qual numa terminologia
coerente, convém recorrer ao termo pulsão (Laplanche & Pontalis, 1998, p.
241).
Sob o
aspecto psicológico é difícil a compreensão completa das pulsões. Elas se
situam entre o biológico e o psicológico e podem ser estudados a partir destas
duas óticas. Pode-se dizer que a pulsão é um fenômeno biológico que possui
representante psíquico. Impulsos, tendências, desejos e fantasias inconscientes
são os representantes psíquicos dos instintos. Estando estes representantes,
afetiva e efetivamentente ligados entre si.
A Pulsão
na Psicanálise é a tendência permanente e inconsciente, que dirige e incita a
atividade do indivíduo. A pulsão é a representante psíquica de uma fonte
contínua de excitação proveniente de fontes internas do organismo. Ela está
situada entre o limiar do biológico e do mental.
Pulsão
é o processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga energética,
fator de motricidade) que faz o organismo tender para um objetivo. Segundo
Sigmund Freud, uma pulsão tem a sua fonte numa excitação corporal (estado de
tensão); o seu objetivo ou meta é suprimir o estado de tensão que reina na
fonte pulsional; é no objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir a meta (Laplanche
&Pontalis, 1998 p. 394).
A Libido é
hoje compreendida como o direcionamento da energia em busca do prazer. Klein (1974)
ensina que significa viver agradavelmente, o que nem sempre se consegue.
Segundo
James e Jongerward (1986) criador da Análise Transacional, todo ser humano
nasce com tudo que necessita para vencer na vida. Porem suas experiências desde
o nascimento vão, muitas vezes moldando-o para se tornar um perdedor. Mas mesmo
que tenha esta característica poderá refazer sua história de vida a partir do
momento que toma consciência e decide por assumir o controle de si mesmo.
“Acredita-se
que todo mundo – pelo menos em algumas fases de sua vida humana – tem a
potencialidade de ser vencedor: ser uma pessoa de verdade, e viver como pessoa,
e pessoa consciente” (James & Jongerward, 1986, p. 22).
Nunca
antes o ser humano teve ao seu alcance tantas coisas. Praticamente tudo o que
ele deseja está ao seu alcance. Para atingir um objetivo basta sonhar e ir
atrás do sonho. Mas para poder realizá-lo deverá vencer muito mais as
limitações e desafios internos do que externos. Precisará vencer medos,
costumes, crenças, regras e principalmente, precisará se reeducar para poder
buscar Qualidade de Vida. Num processo de busca das melhorias contínuas praticando
sempre o kaizen, que é uma postura ou
habilidade para pequenas e constantes melhorias.
É possível
afirmar que as pessoas possuem os mais diversos tipos de objetivos, os quais
podem ser abrangidos em sete áreas de atividades humanas, a saber: financeira,
familiar, social, profissional, físico, espiritual e mental.
Desenvolver
o hábito de estabelecer objetivos em base regular, para a organização e mesmo
para a vida pessoal, é uma das principais atitudes que permite alcançá-los e
pertencer ao grupo das pessoas realizadas, nos diversos ramos das relações
humanas. Objetivos são alvos de longo prazo e contém apenas substância
qualitativa.
Após
definir os objetivos pessoais, se faz necessário estabelecer as metas. As metas
também são alvos mas que serão definidas a curto e médio prazo e possuem
substância quantitativa. Esta é a etapa perfeitamente quantificada e com prazos
definidos (dia, mês e ano) para alcançar os desafios e objetivos. O
planejamento através de metas nada mais é do que identificação clara e a
descrição detalhada e precisa do objetivo a ser atingido.
Quando as
metas pessoais são estabelecidas, acarretarão um processo de estímulo, pois
através da definição clara de onde chegar e da importância deste evento,
ocorrerá um aumento da motivação baseada em benefícios a receber e com isto a
melhoria do desempenho.
Na
elaboração das metas, se faz necessário que elas sejam estabelecidas em uma
ordem de prioridade, pois através do processo de motivação, haverá uma
transformação do esforço (comportamento) a ser despendido antes visto como um
sacrifício (motivação de prejuízo a evitar), em investimento (motivação de
benefício a receber), e com isto, mais uma vez acontecendo o processo conhecido
como melhoria contínua (kaizen).
Para que
haja a diferenciação entre um simples desejo (anseio, aspiração) e objetivo/meta
(alvo a ser atingido), segundo os autores Colin, Heche, Mandelli e Uchôa (1996)
do livro Iniciação em Desenvolvimento e Orientação Mental este último precisa
possuir as seguintes características:
a)
Específico:
o alvo precisa ser claro e definido detalhadamente;
b)
Relevante:
o alvo precisa ser importante para o indivíduo, pois isso diminuirá as chances
de desistência na medida que as dificuldades surgirem;
c)
Atingível:
o alvo precisa estar dentro do sistema de crenças do indivíduo, caso contrário,
ele se tornará inalcançável;
d)
Mensurável:
medir sempre o alvo através do estabelecimento de uma data limite para que o
mesmo seja alcançado, pois caso contrário, haverá a possibilidade do processo
de procrastinação;
e)
Prioridade:
o estabelecimento da ordem de importância ajudará o desenvolvimento da
automotivação;
f)
Escrito:
ao colocar-se no papel dará a primeira existência concreta para uma ideia, um
sonho, e mesmo um alvo.
O conceito básico de estratégia está relacionado à
ligação da organização/indivíduo ao seu ambiente. Nesta situação, busca-se
definir e operacionalizar estratégias que maximizam os resultados da interação
estabelecida. A estratégia representa o caminho escolhido pela pessoa (ou
organização) para enfrentar as turbulências externas e aproveitar os recursos
da melhor maneira possível. Quanto maior a mudança ambiental, tanto mais
necessária é a ação estratégica, desde que ágil e flexível, para aglutinar e
permitir a adoção rápida de novos rumos e novas saídas.
A estratégia deverá ser sempre uma opção inteligente,
econômica e viável. E, sempre que possível original, pois dessa forma,
constitui-se na melhor arma de que pode dispor um indivíduo para otimizar o uso
de seus recursos, tornar-se altamente competitivo, reduzir seus problemas e
otimizar a exploração das possíveis oportunidades que irão surgir no seu
caminho.
A estratégia é sempre uma tentativa de equilibrar
habilidades e recursos do indivíduo com as oportunidades encontradas no
ambiente externo. É necessário que ela funcione como um programa global para a
consecução dos objetivos. Tem como ponto de partida os objetivos, a missão e a
visão que se pretende realizar, sendo balizada por dois tipos de análise.
De um lado, a análise ambiental que irá verificar e
analisar as oportunidades a serem aproveitadas e as ameaças que precisarão ser
neutralizadas e/ou evitadas. Trata-se de um mapeamento ambiental para saber o
que há no entorno.
De outro lado, a análise organizacional/pessoal, com a
finalidade de verificar e analisar os pontos fortes e fracos do indivíduo.
Trata-se de um levantamento das habilidades e capacidades que precisam ser
corrigidas ou melhoradas. É um levantamento interno para saber qual é a vocação
do indivíduo e no que poderá ser mais eficiente e eficaz.
Além disso, a estratégia pessoal tem os seus
desdobramentos, pois reflete o modo pelo qual o indivíduo procura maximizar as
forças reais e seus potenciais de melhor maneira possível e minimizar as suas
fraquezas reais. Pode-se perceber claramente a importância da estipulação da
visão, da missão, dos objetivos e das estratégias, sejam organizacionais ou
pessoais.
Para o indivíduo estar mais perto da sensação de
realização plena, ou aquilo que Maslow chama de auto realização, algo mais
prioritário deve ser refletido preliminarmente: um projeto de vida.
Infelizmente, pouquíssimas pessoas dão atenção a esse assunto.
Um projeto de vida permite que objetivos sejam
estabelecidos e que estratégias sejam traçadas. Permite que haja coordenação
dos recursos disponíveis e que se produza controle sobre a maioria dos fatores
externos e internos e, acima de tudo, que os objetivos sejam alcançados,
ocorrendo assim um verdadeiro gerenciamento da Qualidade de Vida do indivíduo.
Para estabelecer-se um roteiro com finalidade de
elaborar um plano pessoal, se faz necessário observar as três fases essenciais
a este:
A primeira
fase será uma reflexão sobre a vida. Perguntas como: O que estou fazendo? Onde
estou? Será que estou no caminho certo? Estou feliz com minha vida? Que
significa ser feliz? Estes questionamentos permitem a realização de um
diagnóstico geral da vida do indivíduo. Sendo este necessário porque segundo
uma máxima popular aquele que não sabe onde está, não saberá para onde ir.
A segunda
fase deverá levar o indivíduo a estabelecer uma visão de futuro a longo prazo
(mais de dez anos), algo que permita vislumbrar uma condição futura para si em
intervalo de tempo determinado. Essa visão deve ser algo que gere plena
satisfação e estar intimamente ligada aos seus sonhos e a sua vocação.
A terceira
fase constitui-se no momento da necessidade em estipular os objetivos pessoais,
o que será preciso ter ou mesmo conseguir, para alcançá-los e concretizá-los.
Os objetivos deverão ser revisados constantemente. Deverão ser flexíveis, pois
as prioridades pessoais podem mudar.
Para
tornar o processo de Planejamento Estratégico Pessoal algo factível, se torna
necessário a utilização de um método. Segundo a definição encontrada no
dicionário Aurélio diz que método é “Caminho pelo qual se atinge um objetivo”.
A seguir serão apresentados nove passos que se constituirão em um método para o
desenvolvimento do ciclo PDCA na vida pessoal:
O primeiro
passo do processo é definir objetivos de vida em cada uma das sete áreas de
atuação humana, a saber: profissional, familiar, social, financeira, física
(orgânica), mental (emoções, hábitos e comportamentos) e espiritual (sistemas
de valores).
O segundo
passo é estabelecer prioridade entre as áreas. Qual delas é a mais importante
ou mesmo a mais necessária, e que pela urgência, precisará de um trabalho com
maior dedicação. O terceiro passo consiste em listar comportamentos e recursos
já possuídos e que serão auxiliares na efetivação dos objetivos. Este passo tem
como principal finalidade, servir de alavanca para as motivações do indivíduo.
No quarto
passo será feito um levantamento dos comportamentos necessários para atingir os
objetivos e que o indivíduo ainda não possui. Este passo do processo se
transformará nas metas, pelas quais serão atingidos os objetivos finais.
No quinto
passo, serão listados benefícios e vantagens que o indivíduo terá ao adquirir
os comportamentos (metas) listados no passo anterior. Isto reforçará ainda mais
o processo de motivação baseado em benéficos a receber.
No sexto
passo será realizado um levantamento dos recursos, fora os comportamentos,
necessários para atingir as metas. Estes recursos poderão ser financeiros,
tempo, autoestima, parcerias, informações (know-why),
conhecimentos (know-how), etc. Neste
passo haverá dois subitens, o primeiro será a definição como estes recursos
serão utilizados para alcançar cada uma das metas. O segundo, consiste no
estabelecimento do modo como serão obtidos cada um dos recursos levantados
anteriormente.
O sétimo
passo consiste em escolher um parâmetro concreto para comprovar o atingir da
meta e o estabelecimento de uma data (dia, mês e ano) limite para a consecução
do alvo (meta). Este passo refere-se à fase de controle do ciclo PDCA.
O oitavo
passo do processo, consiste na elaboração de uma lista de causas que poderão
impedir o indivíduo de atingir o objetivo (perceber que neste passo, volta-se a
trabalhar com o objetivo). Esta lista será dívida em duas origens de causas, as
internas (aquelas que dependem exclusivamente do indivíduo) e as externas
(aquelas que não dependem do indivíduo, mas sim do ambiente ou de pessoas que o
circundam, ou ainda, mesmo aqueles/aquelas que são parte dos objetivos).
O nono
passo, o derradeiro, constitui-se na elaboração de estratégias que estarão
baseadas no passo anterior e que também estarão divididas em cinco subitens. O
primeiro é elaborar ações que possam neutralizar as causas que venham impedir o
atingir dos objetivos. O segundo é elaborar um plano para implementar as ações.
O terceiro é determinar, se necessário, uma pessoa de apoio para ajudar, por
exemplo, um assessor financeiro, um psicanalista, um engenheiro, etc. O quarto
refere-se à elaboração de uma lista de recursos necessários para que as ações
sejam implementadas (a semelhança do visto no sexto passo). E finalmente o
quinto, vindo ser o estabelecimento de uma data (dia, mês e ano) para que as
ações sejam implementadas.
Estes
passos serão o início do processo de Planejamento Estratégico Pessoal, pois
assim como todo ato administrativo ou gerencial requer uma dose de criatividade
pessoal. O método apresentado também deverá ser adaptado por cada indivíduo que
o venha usar. Afinal viver não é apenas uma arte, mas também uma ciência, pois
tem princípios gerais que precisam ser observados para que venham ao lado das
habilidades humanas se constituírem em fator de melhoria da Qualidade de Vida.
4 Conclusão
No
Ocidente, e principalmente no Brasil, as técnicas que envolvem comportamentos
coletivos só são bem-sucedidas quando cada pessoa é preparada antecipadamente
para atitudes coletivas, uma vez que nos Países Orientais (Japão, Coréia do
Sul, China, etc.) as pessoas apresentam cultura voltada para o coletivismo. A
qualidade individual é a base de todas as qualidades. Como decorrência dos
processos de busca da Qualidade de Vida por cada pessoa terá como resultado o
desenvolvimento da Qualidade Total dentro da organização.
Nada pode
ser conseguido se as pessoas não mudarem seus paradigmas (sistemas de crenças)
e todos, primeiro individualmente e logo em conjunto, melhorarem e passarem a
praticar e viver dentro da Excelência da Qualidade, mais precisamente a
filosofia Kaizen.
Nas
organizações a Qualidade pode ser traduzida de várias formas: adequação para o
uso, conformidade a requisitos, ausência de variação, etc., enfim, conceitos
que nos remetem à necessidade de satisfação do cliente, necessidade esta que
deve ser o objetivo principal da empresa.
Como
pode-se notar neste contexto, a Qualidade Total vem justamente permitir que se
tenha visão sistêmica da organização e de todos os seus processos, fazendo, com
isto, que se direcione os esforços para obter-se a satisfação dos clientes.
Deste modo podemos afirmar que uma pessoa, para atingir seus objetivos e
alcançar a sensação de realização, deve perceber sua vida como um todo, sem
deixar de lado os diferentes aspectos que integram sua essência, sejam
profissionais, emocionais, físicos, financeiros, sociais, familiares, mentais e
espirituais.
Já o
processo de elaboração de um Planejamento Estratégico com todos os seus
elementos, visa minimizar as ameaças que as mudanças rápidas e a cultura
pós-moderna representam na vida física-emocional-espiritual do indivíduo e ao
mesmo tempo, maximizar as oportunidades que estas mesmas mudanças venham
representar.
Este
Planejamento ajudará a manter um gerenciamento e por consequência um maior
controle sobre a própria vida. Hoje em dia, o moderno conceito de saúde vai
muito além da ausência de doenças. Engloba aspectos como o bem-estar físico,
social, intelectual, emocional, espiritual e profissional, que devem ser
avaliados individual e periodicamente. Isso fornece uma noção da extensão e
complexidade do processo de viver a vida com Qualidade.
A busca
por nos tornarmos pessoas felizes faz que cada dia seja mais um capítulo do
livro que contará nossa história para as gerações futuras. Viver é participar,
por isto temos a certeza de que cada dia propiciará escrever um capítulo desta
história de forma ativa e consciente e não apenas sobrevivendo um dia após o
outro.
Que as
nossas histórias possam servir de incentivo, modelo e esperança para aqueles
que nos seguem.
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