sexta-feira, 6 de março de 2020

SONHOS E A INTERPRETAÇÃO

Para Sigmund Freud, fundador da Psicanálise, ao escrever e publicar seu trabalho chamado "A Interpretação dos Sonhos" em 1900, apresenta-o como um método eficiente de acesso ao Inconsciente. O livro é considerado por todos os Psicanalistas como o marco do início da Psicanálise. Para muitas pessoas os sonhos podem não ter nenhum significado, mas ainda assim despertam a curiosidade. Para a Psicanálise os sonhos revelam desejos, traumas e outros elementos recalcados para o Inconsciente.

Freud concluiu que no Inconsciente do sujeito adulto, permanece uma criança (ele próprio), a qual irá direcionar a sua vida em vários aspectos. Os sonhos do sujeito adulto são diferentes dos sonhos das crianças, pois estas, até uma determinada idade, não sofrem os efeitos da censura.








Os sonhos são para a Psicanálise uma forma de exprimir os nossos desejos inconscientes, que muitas vezes nossa censura (Supereu) considera proibidos de serem realizados. Durante o sono esta censura tem um afrouxamento, o que faz com nossos sonhos na maioria das vezes não tenham "pé e nem cabeça". O analista através da escuta do sujeito, ajuda-o a decifrar este enigma.

Freud, ao longo de sua vida, escreveu vários artigos sobre os sonhos, os quais até hoje são considerados fundamentais na evolução do processo analítico. Com os estudos atuais da Neurociência, muitos aspectos apontados por Freud, são validados. Benilton Bezerra Junior, médico e professor no Instituto de Medicina Social na UERJ, se dedica a estudar esta relação e publicou um livro "Projeto para uma psicologia científica:Freud e as neurociências" (2013) onde aprofunda a relação entre os trabalhos de Freud e a Neurociência.